Dignificar o ser humano: Não mais administrar as pessoas - como se elas
fossem simples recursos empresariais, ou seja, sujeitos passivos e inertes de
nossa administração - mas acima de tudo, administrar conjuntamente
com as pessoas - como se elas fossem os sujeitos ativos, ou seja, companheiros
da atividade empresarial, colaboradores do negócio, fornecedores de inteligência
e de conhecimento que tomam decisões a respeito dos demais recursos físicos
e materiais, e mais do que isso, dotados de espírito empreendedor e inovador.
Pessoas como pessoas e não mais como meros recursos da empresa. Gente como
gente e não como commodity que se pode descartar a cada momento.
Tornar estratégica a ARH: Transformar a ARH de uma tradicional área
operacional de prestação de serviços internos e basicamente
burocratizada em uma área estratégica de consultoria interna e
de direcionamento de metas. De uma área segregada e preocupada em fazer,
executar e controlar para uma área orientada para dinamizar os negócios
da organização e direcionada para dar rumos, orientar e impulsionar
as pessoas em todos os seus níveis e áreas de atuação.
Ensinar a pescar e não apenas fornecer o peixe. Indicar caminhos e não
simplesmente executar tarefas cotidianas.
Compartilhar a administração com os gerentes e suas equipes:
Descentralizar, delegar e desmonopolizar a área de ARH - até então
uma área fechada, lacrada e introspectiva - transferindo as decisões
e ações de RH para os gerentes e transformando-os em gestores
de pessoas e de equipes. Fazer da ARH uma responsabilidade de linha e uma função
de staff. Mudar e inovar incessantemente: Transformar a ARH no carro chefe das
mudanças e da inovação dentro das empresas, através
da renovação cultural e da transformação da mentalidade
que reina na organização. Não mais trabalhar para manter
inalterado o statu quo, mas criar todas as condições culturais
para a melhoria contínua da organização e das pessoas que
nelas trabalham.
Dignificar e elevar o trabalho: Dar prioridade ao foco fundamental na cultura
participativa e democrática, com o incentivo e desenvolvimento de equipes
autônomas e auto-geridas. Substituir a obediência cega às
regras e regulamentos pela participação e colaboração
espontânea. Substituir as penalidades e medidas de ação
disciplinar pela cooperação e negociação consensual.
Incentivar e estimular, nunca mais coibir e controlar.
Promover a felicidade e buscar a satisfação: Desenvolver a utilização
de mecanismos e técnicas de motivação, a participação
e o senso de pertencer, a ênfase em metas e resultados e a melhoria da
qualidade de vida dentro da organização através da elevação
do clima organizacional e da plena satisfação no trabalho. Transformar
a empresa em um excelente lugar para trabalhar.
Respeitar a individualidade de cada pessoa e sua realização pessoal:
Adequar continuamente as práticas de RH - até então homogêneas,
fixas, estereotipadas, genéricas e padronizadas - às diferenças
individuais das pessoas através da flexibilização da atividade,
capacitação, remuneração, benefícios, horários,
carreiras, etc.
Promover as diferenças individuais, incentivar a diversidade e permitir
que cada pessoa se realize dentro de suas próprias características
de personalidade, fazendo da organização o meio mais adequado
para que isto possa acontecer.
Enriquecer continuamente o capital humano:Enfatizar continuamente a criação
e agregação de valor através do desenvolvimento das pessoas,
da gestão do conhecimento e do capital intelectual. Fazer com que a organização
e as pessoas que nelas trabalham tenham um valor intelectual e financeiro cada
vez mais elevado a cada dia que passa. Fazer disso a missão da área:
gerar e agregar riqueza material e intelectual às pessoas, à organização
e a todos os parceiros envolvidos no negócio.
Preparar o futuro e criar o destino: Enfatizar a contínua e ininterrupta
preparação da empresa e das pessoas para o futuro, criando o destino
e as condições de competitividade necessárias para a atuação
em um mundo de negócios globalizado, competitivo, dinâmico e mutável.
Desenvolver uma atitude sistemática de inconformismo com as conquistas
já alcançadas. Fazer disso a visão da área: visualizar
o que virá e o que será e proporcionar os meios e condições
de crescimento e desenvolvimento. Focalizar o essencial e buscar sinergia: Promover
a concentração no core business da área, isto é,
naquilo que lhe é essencial - lidar com pessoas - através de uma
nova organização do trabalho mais simples, enxuta e flexível
e baseada em equipes e em processos e não mais fundamentada na tradicional
departamentalização funcional. Isto significa juntar e integrar
e não mais separar, fragmentar e dividir o trabalho. Passar do trabalho
isolado e solitário para o trabalho conjunto e solidário. Mais
do que tudo, integrar os esforços humanos para expandir e multiplicar
resultados que com certeza também deverão ser compartilhados entre
todos os parceiros do negócio.
Fonte: www.chiavenato.com